Indicações do uso de imunoglobulina intravenosa
Loreni C. S. Kovalhuk
Mestre em Pediatria
Título de Especialista em Alergia-Imunologia pela ASBAI
Hospital de Clínicas UFPR;
lorenikovalhuk@hotmail.com
Imunoglobulinas
As imunoglobulinas são proteínas presentes em grande
concentração no plasma
humano, responsáveis pela imunidade humoral com proteção do
organismo contra vírus,
bactérias, alérgenos, toxinas etc. São produzidas pelos
plasmócitos que, por sua vez, resultam
da transformação dos linfócitos B. Podem ser agrupadas em cinco
famílias, ou classes,
segundo suas características imunológicas e físico-químicas
(tabela -1).
Tabela - 1: Características das Imunoglobulinas
CLASSE SUBCLASSES PESO MOLECULAR CONCENTRAÇÃO SÉRICA VIDA MÉDIA
IgG IgG1 IgG2
IgG3 IgG4
150.000 1.200 mg% 23 dias
IgM 900.000 100 mg% 5 dias
IgA IgA1 IgA2 160.000 200 mg% 6 dias
IgD 180.000 3 mg% 3 dias
IgE 200.000 0,03 mg% 2 dias
Obtenção das imunoglobulinas humanas para uso intravenoso
As preparações de imunoglobulina humana para uso terapêutico são
obtidas a partir do
fracionamento industrial do plasma. O processo de fabricação
inclui métodos para a eliminação
e inativação de vírus, tais como precipitação com etanol e
pasteurização, utilizados para
eliminar o risco de transmissão de vírus que possuem envelopes,
como o HIV e os vírus da
hepatite B e C. Na seleção dos doadores e nos testes de unidades
de bolsas de sangue e de
"pools" plasmáticos, são pesquisados e devem ser negativos para
HbsAg, anti-HIV-1, anti-HIV-
2 e anti-HCV. Porém, infecções causadas por outros vírus (ex:
Parvovírus B-19, etc) podem
não ser excluídas.
As apresentações comerciais de imunoglobulinas têm como
componente principal a
IgG, apesar de também conterem IgM e IgA, em quantidades que
variam de acordo com o
fabricante. O quadro 1 resume as principais apresentações
comerciais disponíveis no mercado
(Fonte: Bulário eletrônico da ANVISA).
Existem dois tipos de imunoglobulinas para uso clínico: as
imunoglobulinas poliespecíficas
e as imunoglobulinas específicas. As imunoglobulinas
poli-específicas são
aplicadas principalmente por via intravenosa, mas também por via
intramuscular, subcutânea e
intratecal.
As imunoglobulinas específicas são aquelas que possuem altos
títulos de anticorpos
específicos, por exemplo imunoglobulina antivaricela,
antitetânica, anti-D (anti-Rho), entre
outras. São produzidas a partir de plasma humano hiperimune, ou
seja, com altos títulos de
determinados anticorpos. Podem ser usadas por via intravenosa ou
intramuscular, dependendo
do tipo de produto e do fabricante.
Indicações do uso imunoglobulina intravenosa
Imunoglobulina humana preparada para uso intravenoso (IGIV) foi
originalmente
desenvolvida para reposição de anticorpos em imunodeficiências,
entretanto por seus efeitos
antiinflamatórios e imunomodulador, tornou-se uma alternativa
terapêutica para doenças sem
tratamento estabelecido. As diretrizes atuais classificam as
indicações das imunoglobulinas em
formais, aceitáveis, experimentais e não fundamentadas, com base
em evidências científicas
disponíveis na literatura médica. Nos próximos quadros estão
listadas as indicações de uso de
imunoglobulinas de acordo com níveis de evidência (quadros: 2 e
3)
Quadro – 2: Indicações de acordo com nível de evidência
Indicações formais
Estudos controlados, randomizados e com amostragem adequada ,
que demonstrem a eficácia do uso da IGIV
Reposição de imunoglobulinas em Imunodeficiências Primárias
Infecções recorrentes em pacientes pediátricos HIV positivos
Prevenção de infecções e de doença enxerto
versus
hospedeiro pós TMO
Prevenção de aneurisma de artéria coronária em pacientes com
Doença de Kawasaki
Aumento da contagem de plaquetas em pacientes com púrpura
trombocitopênica idiopática, para prevenir ou controlar
sangramento
Síndrome de Guillain-Barré
Imunodeficiências primárias e secundárias:
O uso de IGIV está indicado para o tratamento de pacientes com
agamaglobulinemia
ou com hipogamaglobulinemia e infecções recorrentes e/ou graves.
Agamaglobulinemia congênita, na maioria das vezes tem padrão de
herança ligada ao
X, portanto afeta pacientes do sexo masculino, há redução de
todas as classes de
imunoglobulinas e dos linfócitos B.
Em pacientes que recebem TMO por imunodeficiência combinada
grave nem sempre
há reconstituição de linfócitos B funcionais e necessitam de
reposição de IGIV caso
mantenham-se agamaglobulinêmicos.
Pacientes com infecções bacterianas recorrentes aliado a
decréscimo na concentração
de imunoglobulinas (hipogamaglobulinemia) ou falha na resposta
de produção de anticorpo IgG
contra antígenos vacinais sejam estes protéicos (ex.:sarampo ou
rubéola), polissacarídeos
(ex.:pneumococo) ou ambos, têm indicação de receber IGIV. O
protótipo desta situação é a
hipogamaglobulinemia comum variável, que cursa com infecções
recorrentes, podendo afetar
ambos os sexos, com início dos sintomas geralmente na
adolescência; há redução dos níveis
de imunoglobulinas com número normal ou reduzido de linfócitos B
no sangue periférico.
Em pacientes com nível sérico normal de IgG total, porém com
falha na produção de
anticorpos específicos, como no déficit de resposta a vários
antígenos polissacárides (ex.:
vacina não conjugada contra pneumococo); a indicação do uso de
IGIV deve estar baseada na
falha grave de resposta à imunização com antígenos
polissacárides e presença de infecções
recorrentes sem resposta à terapêutica habitual e/ou evolução
com complicações, como por
exemplo otite média recorrente com supuração, pneumonia com
necessidade de antibiótico
endovenoso, bronquiectasia. Nestes casos, a reposição de IGIV
será provisória, podendo ser
interrompida no período de primavera/verão, com reavaliação da
resposta imunológica 6
meses após a interrupção da reposição de IGIV.
Pacientes com deficiência de IgA, cujo critério diagnóstico é de
persistência de nível
sérico inferior a 7mg/dL mesmo após a idade de 4 anos, não têm
indicação de receber IGIV;
exceto quando a deficiência de IgA coexista com deficiência de
produção de anticorpos
específicos e infecções recorrentes com complicações ou evolução
para hipogamaglobulinemia
comum variável. Na deficiência isolada de IgG4 não está indicada
reposição de IGIV.
Imunodeficiências secundárias:
Entre as doenças que cursam com imunodeficiência humoral
secundária, a reposição
de IGIV está limitada as seguintes:
1. Leucemia linfocítica crônica (LLC) de células B, com nível de
IgG inferior a
500mg/dL e que apresentem infecções recorrentes
2. Crianças sintomáticas infectadas pelo HIV: reposição de IGIV
para prevenção de
infecções bacterianas, especialmente por pneumococo, embora
apresentem com
mais freqüência hipergamaglobulinemia na doença não tratada
3. Prematuridade: não há dados suficientes para a administração
rotineira de IGIV em
neonatos de risco para infecção. Alguns estudos demonstram
redução da
incidência de sepsis em RN de baixo peso.
Prevenção de infecções e de doença enxerto
versus
hospedeiro (DECH) pós TMO
O uso de IGIV está indicado pós TMO alogênico, para redução do
risco de sepsis e de
outras infecções, pneumonia intersticial de causa infecciosa ou
idiopática e de doença enxerto
versus hospedeiro (DECH).
A redução das complicações infecciosas e da DECH, se limita ao
uso de IGIV nos
primeiros 90 dias pós TMO. A prevenção de infecções tardias pós
TMO, está restrita aos casos
em que não há reconstituição da resposta humoral (LB) pós TMO.
Doença de Kawasaki
A Doença de Kawasaki é uma vasculite que acomete crianças e
adolescentes,
compromete vasos de médio calibre e comumente cursa com
aneurisma coronariano. O uso de
IGIV associada à aspirina nos primeiros 10 dias previne o
desenvolvimento de aneurisma de
coronária.
Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
A administração de IGIV está indicada apenas nas formas graves
ou refratárias de PTI.
Síndrome de Guillain-Barré (GBS)
Poliradiculopatia caracterizada por fraqueza motora progressiva,
resultante da
destruição imunológica da bainha de mielina ou células de
Schwann do sistema nervoso
periférico, comumente tratada com corticóides, plasmaferese e
IGIV. O uso de IGIV se mostrou
equivalente à plasmaferese, sendo também mais acessível e
seguro, particularmente em
pacientes pediátricos.
Considerações sobre dose, intervalo e via de administração:
A dose inicial varia de 400 a 600mg/kg, administrada a cada 3 a
4 semanas,
objetivando a manutenção do nível sérico
500mg/dL
de IgG. A velocidade de infusão na
primeira aplicação da imunoglobulina deve lenta, numa taxa de
0,01-0,02 mL/Kg/minuto por
30’. Se bem tolerada aumentar gradativamente para 0,04
mL/Kg/minuto, até o máximo de
3mL/minuto para o restante da infusão. Entretanto, uma
velocidade superior a 0,04 mL/Kg/min
pode causar queda na pressão arterial. O primeiro controle de
nível sérico pré-infusão pode
ser feito antes da quarta infusão e depois a cada 6 meses,
exceto se houver recorrência de
infecções.
Em todos os pacientes, a administração de IGIV requer:
1. Pré-aquecer a IG em banho maria até a temperatura ambiente ou
corpórea
2. Desprezar se a solução reconstituida estiver turva ou com
depósitos
3. Hidratação adequada antes do início da infusão de IGIV
4. Monitoração da diurese
5. Monitoração dos níveis de creatinina sérica
6. Evitar o emprego de diuréticos que inibem a reabsorção de
sódio e cloreto
7. Registrar o nome e o número do lote do produto a cada infusão
Quadro – 4: Resumo das recomendações para uso das
imunoglobulinas
Indicação Dose Frequência de aplicação Observação
Reposição em IDP 400 – 600 mg/kg Cada 3 – 4 semanas Manutenção
IgG
500mg/dL
ID secundária 300 – 400 mg/kg Cada 3 – 4 semanas Manutenção IgG
500mg/dL
Crianças com SIDA 200 – 400 mg/kg Cada 2 – 4 semanas
Prevenção de infecções e da
DECH em TMO alogênico
200 – 400mg/kg Semanal por até 3m após
TMO
Iniciar 1 semana antes do
transplante
Doença de Kawasaki 2g/kg Dose única
PTI 400mg a 1g/kg 2 - 5 dias
GBS 400mg/kg 3 – 7 dias
Efeitos colaterais das imunoglobulinas
As imunoglobulinas poli-específicas são produtos relativamente
seguros, sobretudo em
relação à transmissão de vírus. Reações adversas graves são
raras caso as recomendações
sobre posologia, indicações, uso e contra-indicações sejam
seguidas.
As reações adversas observadas mais freqüentemente nos estudos
clínicos são febre
(4%), calafrios (3%), náuseas (1,5%) e dores de cabeça (1,5%).
Outras reações adversas
moderadas podem ocorrer, como artralgia, dores lombares leves,
salivação aumentada,
sonolência, sensação de frio, eritrema palmar, rubor, hipotensão
ou hipertensão moderadas,
palpitação, tosse seca, taquipnéia e vômitos. Alguns pacientes
podem apresentar cefaléia
intensa, meningismo, fotofobia, vômitos e febre por meningite
asséptica após IGIV, associada à
eosinofilia, pleocitose, aumento de eosinófilos e de IgG no LCR.
O início dos sintomas pode
variar de muitas horas a alguns dias após a administração.
Após a 2ª ou 3ª infusão com a mesma apresentação comercial, é
menor a
probabilidade de reações adversas. Redução da taxa de infusão
por 15 a 30 minutos ou
interrupção temporária da administração, até o desaparecimento
dos sintomas, geralmente é
suficiente para contornar estes efeitos. A velocidade de infusão
pode então ser cautelosamente
aumentada até a metade da velocidade alcançada quando a reação
ocorreu.
Reações adversas podem ocorrer com mais frequência:
1. Taxa de infusão elevada
2. Na primeira infusão de imunoglobulina ou quando há um
intervalo grande desde a
última infusão
3. Pacientes com infecção bacteriana recente
4. Mudança de apresentação comercial
5. Pacientes com agamaglobulinemia ou hipogamaglobulinemia com
ou sem deficiência
de IgA
6. Reações de hipersensibilidade grave (choque anafilático) são
raras, podem ocorrer
pela presença de anticorpos anti-IgA
7. Reações mais graves, tendem a ocorrer precocemente (nos
primeiros 30 minutos após
o início da aplicação)
Precauções para evitar potenciais complicações:
1. Manter o paciente em observação até 20 minutos após a
administração
2. Monitorar sintomas durante todo o período de infusão,
particularmente nos casos de
troca de apresentação comercial ou quando houver um longo
intervalo entre doses,
nestes casos observar o paciente por 1h após a infusão
3. Considerar o conteúdo de glicose na solução de IGIV, em casos
de diabetes latente,
quando pode ocorrer glicosúria transitória
4. Fatores de risco para falência renal: insuficiência renal
pré- existente, diabetes mellitus,
hipovolemia, obesidade, uso concomitante de medicamentos
nefrotóxicos ou idade
superior a 65 anos
5. Doses altas de imunoglobulina podem aumentar a viscosidade do
plasma,
principalmente nos casos de hiperviscosidade pré-existente (por
exemplo:
hipergamaglobulinemia, hiperfibrinogenemia, anemia falciforme)
e/ou doença vascular
oclusiva, quando podem ocorrer isquemia transitória ou
complicações tromboembólicas
As medicações que podem ser empregadas no manejo das reações
adversas incluem
os antihistamínicos, corticosteróides, adrenalina e expansão do
volume intravenoso. Para
prevenção de reações pode-se usar paracetamol, AAS ou
ibuprofeno.
Leitura recomendada:
1.
www.imunopediatria.org.br
2.
www.anvisa.gov.br
: Consulta Pública nº
36, de 20 de maio de 2004: Diretrizes para
transfusão de imunoglobulinas
3. Orange JS et al, Use of intravenous immunoglobulin in human
disease: A review of
evidence by members of the Primary Immunodeficiency Committee of
the American
Academy of Allergy, Asthma and Immunology J Allergy Clin Immunol
2006; 117:
S525-53
Quadro 1 – Características das formulações de IGIV
Produto Formulação Apresentação Composição Excipiente Uso
Armazenagem Origem
Blauimuno
(Blausiegel)
Liofilizado 0,6; 3,0; 9,0g Glicose
Cloreto de sódio
IV 2º a 8º C CLB - CentralLaboratory
of the Netherlands
Amsterdã - Holanda
Endobulin
(Immuno)
Liofilizado 0,5; 1,0; 2,5; 5 e 10g Proteína total: 55mg
IgG: 50mg
IgG1:50-80%, IgG2:20-50%, IgG3:<0,5%, IgG4:1-3%
IgA: 0,1%p/v (máx)
Glicose 50 mg NaCl 3
mg Polietilenoglicol <5
mg
2º a 8º C Immuno Produtos
Biológico e Químicos
ltada. BAXTER AG,
Viena, Áustria
Imunoglobulin®
(Blausiegel)
Solução
injetável
0,5 g; 1,0 g; 2,5 g; 3,0g;
5,0 g; e 10 g
Maltose 100mg/mL IV 2º a 8º C Greencross Plasma
Derivatives - Coréia
Imunoglobulin®
(Blausiegel)
Liofilizado 0,5 g; 1,0 g; 2,5 g e 5,0 g Albumina humana,
glicose e cloreto de sódio
IV 2º a 8º C Greencross Plasma
Derivatives - Coréia
Imunoglobulina humana
normal
(Blausiegel)
Liofilizado 0,6 g; 3,0 g; 6,0g e 9,0 g Glicina, cloreto de sódio
e
sacarose
IM 2º a 8º C Finnish Red Cross
Helsinki - Finlândia
Imunoglobulina humana
normal - I.M. (Meizler)
Solução
injetável
250mg/2mL e 750mg/5mL NaCl: 0,06mg/g
Glicina: 0,04mg/g
Acetato de Sódio:
0,01mg/g
IM 2º a 8º C BPL - Bio Products
Laboratory Dagger Lane,
Elstree - Reino Unido
Intraglobin® F
(Marcos Pedrilson
Produtos Hospitalares
ltda)
Solução
injetável
Frasco ampola 20 mL e 10
mL
Frascos de 50 mL , 100
mL e 200 mL
Proteína:50mg/mL (Ig
95%:IgG1:62%,
IgG2:34%, IgG3:0,5%,
IgG4:3,5%) IgA2,5mg
Glicose 25mg
Cloreto de sódio: 78
mmol
IV 2º a 8º C Biotest Pharma GmbH
Rep. Federal da
Alemanha
Octagam (Octapharma
Brasil ltda)
Solução
injetável
1g; 2,5g; 5g e 10g Proteína:50mg/mL
IgG: 95%; IgG1:60%,IgG2:32%, IgG3:7%, IgG4:1% IgA:
100g/mL
Maltose 100mg/mL IV 2º a 25ºC
(embalagem
original)
Octapharma S.A. França
Pentaglobin®
(Marcos Pedrilson
Produtos Hospitalares
ltda)
Solução
injetável
Ampolas: 10mL, 20mL
Frascos: 50mL, 100mL
Proteína:50mg/mL (Ig
95%:IgG:38mg;
IgG1:63%,IgG2:26%,
IgG3:4%, IgG4:7%)
IgA6mg; IgM:6mg
Glicose 27,5mg; Cloreto
de sódio: 78
mmol
IV 2º a 8º C Biotest Pharma GmbH
Rep. Federal da
Alemanha
Sandoflobulina®
(Meizler Comércio
Internacional S/A)
Liofilizado 1,0g, 3,0g, 6,0g e 12,0g IgG: 96% (90% nas formas
monoméricas ou diméricas);
albumina, pequena quantidade de polímeros de IgG traços de
IgA e IgM; Subclasses de IgG
»
plasma
humano
Sacarose: 1,67g/g de IgG
Cloreto de sódio: 0,02g/g
de proteína
IV < 25ºC
(embalagem
original)
ZLB - Bioplasma AG
Suíça
Vigam®-Liquid (Meizler
Comércio Internacional
S/A)
Solução
injetável
1,0g; 2,5g; e 5,0g Imunoglobulina: 50mg/mL Albumina: 20mg
Sacarose: 24mg
Glicina: 5mg
Acetato de Na: 3mg
n-Octanoato de Na:0,5mg
IV 2º a 8º C BPL - Bio Products
Laboratory Dagger Lane,
Elstree - Reino Unido
Fonte: Bulário eletrônico da ANVISA
Quadro – 3: Indicações de acordo com nível de evidência
(continuação)
Indicações Aceitáveis Indicações Experimentais Indicações não
fundamentadas
Trabalhos controlados, randomizados, mas com amostragem pequena
Trabalhos não controlados, não randomizados ou trabalhos
observacionais, mas com amostragem maior
Indicação de IGIV:
1.Quando não houver outra terapia eficaz
2.Terapêutica adjuvante, em situações clínicas graves
Relatos esporádicos de casos ou
Estudos de pequeno porte com efeito benéfico ou quando
resultados dos estudos controlados forem contraditórios
Doenças graves sem tratamento disponível em que a IGIV
poderia teoricamente ser benéfica
Estudos controlados não demonstram nenhum efeito
positivo
Polirradiculoneuropatias desmielinizantes crônicas Prevenção de
abortos recorrentes Autismo
Miastenia Gravis Asma brônquica Anemia aplástica
Dermato/polimiosite Inibidor adquirido de fator VIII Anemia de
Diamond-Blackfan
Doença do Neurônio Motor Inibidor adquirido de fator de von
Willebrand SIDA em adultos
Esclerose múltipla Anemia Hemolítica Auto-imune Infecção por
rotavirus e enterocolite necrotizante em RN
Vasculites ANCA-positivas Neutropenia Auto-imune Síndrome da
fadiga crônica
Retinopatia de Birdshot Lupus eritematoso sistêmico Fibrose
cística
Aplasia de medula óssea por Parvovirus B19 Rejeição de
transplante renal e de órgãos sólidos
Púrpura pós-transfusional Epilepsia pediátrica intratável
Doença Inflamatória intestinal Dengue Hemorrágica
Sepsis Doença de Behçet
Síndrome da pessoa rígida Artrite reumatóide juvenil grave
Oftalmopatia de Graves Doença Hemolítica Peri-Natal
Polineuropatia diabética Prevenção de infecções em recém-nascidos
Fonte:http://www.imunopediatria.org.br/download/imunoglobulina_intravenosa.pdf
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