André Marie Ampère
foi um matemático e físico francês. Nasceu em 1775 e morreu em 1836. Sua vida
foi marcada por um grande brilho no campo dos conhecimentos. Aos 12 anos, já
estava familiarizado com Matemática avançada. Ele viveria, contudo, grandes
dissabores familiares: com 18 anos, no período da Revolução Francesa, seu pai
foi guilhotinado durante uma sublevação na cidade de Lyon; com menos de 30 anos,
perdeu a esposa, com quem estava casado havia pouco tempo.
Foi professor de Física e Química, tornando-se depois professor de Matemática em
Paris.
Em
1820, o dinamarquês Oesterd apresentou nessa cidade, na Academia Francesa de
Ciências, sua descoberta: uma agulha imantada sofria desvio na vizinhança de um
condutor metálico percorrido por corrente elétrica. Isso provocou enorme
interesse entre os pesquisadores franceses, que se apressaram a investigar mais
sobre o assunto. Um dos mais entusiasmados nessa tarefa era Ampère. De fato,
apenas uma semana após aquela apresentação ele já conseguia representar, de
maneira prática, o fenômeno do desvio da agulha. É o que hoje conecemos como
regra de mão direita.
Até
então, os fenômenos magnéticos só podiam ser observados com auxílio de materiais
magnetizados, como ímãs ou limalha de ferro. Ampère, porém, descobriu outra
maneira de mostrar a atração ou repulsão provocada por um fio percorrido por
corrente. Para tanto, instalou outro fio eletrificado paralelamente ao primeiro.
Quando a corrente percorria ambos no mesmo sentido, eles se atraíam,
repelindo-se caso o sentido de uma delas fosse invertido.
Ele também pesquisou o magnetismo provocado por uma corrente que percorre um fio
disposto em círculo. Concluiu teoricamente que, se o fio estivesse enrolado em
espiral, o resultado seria o mesmo produzido por uma barra imantada.
Podemos
dizer que suas experiências abriram um novo terreno no estudo dos fenômenos
elétricos: o da eletricidade em movimento, ou Eletrodinâmica. Seu trabalho é
importante porque não se compõe apenas de descobertas e experimentos, mas porque
ali os fenômenos elétricos e magnéticos são também descritos matematicamente.
Em 1823, Ampère chegou a afirmar que as propriedades de um ímã
eram causados por corrente elétricas diminutas, que circulavam em seu interior.
Isso ocorreu mais de setenta anos antes que se conhecessem as partículas
elétricas que se movimentam nos átomos, as quais, de fato, são responsáveis
pelos campos magnéticos.
Bibliografia:
Aprendendo Física, Editora Scipione.
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