O grande nome associado à questão do aquecimento global hoje no mundo não é de um cientista. É de um político. Al Gore foi senador e vice-presidente dos Estados Unidos no governo Clinton. A preocupação com a questão ambiental sempre foi sua principal plataforma política. Nas suas apresentações, Gore começa com uma brincadeira: "Meu nome é Al Gore. Eu costumava ser o futuro presidente dos Estados Unidos". Hoje, Bush governa a Casa Branca, mas Al Gore comanda a propaganda sobre as mudanças climáticas. 
Com a derrota para George W.. Bush na controvertida eleição presidencial do ano 2000, Gore caiu no ostracismo político e decidiu sair de cena. Foi então que a idéia sobre o documentário começou a virar realidade. Durante esse período fora da cena política do Partido Democrata, o seu livro acabou se transformando numa apresentação de slides em torno das mudanças climáticas com fotos dos alegados impactos do aquecimento global ao redor do planeta. O trabalho foi exibido mais de mil vezes nos Estados Unidos, especialmente em escolas e universidades. Num desses encontros, Al Gore foi apresentado ao diretor de cinema David Guggenheim e, assim, Verdade Incoveniente começava a virar filme. Os slides da apresentação de Gore são mostrados no filme e o que mai chama a atenção mostra a comparação entre uma geleira na Patagônia entre 1928 e o final do século XX. Os principais especialistas em clima dos Estados Unidos se dividiram quanto ao ao documentário An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente. O filme - repleto de previsões de inundações em Nova York, na Flórida, furacões maiores e piores, geleiras em retração e calotas polares desaparecendo - trata corretamente a maior parte da ciência sobre o tema, disseram dezenove cientistas que viram o filme ou leram o livro de Gore e que foram entrevistados pela Associated Press. A agência enviou e-mails para mais de cem pesquisadores do clima e telefonou pedindo suas opiniões. Entre os contactados há notórios críticos da teoria da mudança climática. A maioria dos cientistas não viu o filme - que tem distribuição limitada - e nem leu o livro. Mas a maioria que viu teve a mesma impressão: Gore passa o conteúdo científico corretamente; o mundo está esquentando e esse fenômeno é uma catástrofe em gestação, criada pelo homem por meio da queima de combustíveis fósseis.
Há os críticos. O professor Bob Carter, do Laboratório Marinho e Geofísico da Universidade James Cook da Austrália, por exemplo, declarou que "os argumentos circunstanciais de Al Gore são tão fracos que chegam a ser patéticos". E o professor não está sozinho. O Canada Free Press, jornal que publicou a declaração de Bob Carter, afirmou que "centenas de especialistas climáticos altamente qualificados que não trabalham para o governo nem para a indústria nem para lobistas contestam a hipótese de que as emissões humanas de dióxido de carbono estejam causando mudanças significativas no clima".O jornal cita o Dr. Tim Ball , que foi professor de climatologia da Universidade de Winnipeg, para quem ""muitos cientistas são pesquisadores altamente qualificados, mas não têm nenhum conhecimento especial sobre as causas das mudanças climáticas". Concordando ou não os cientistas, o fato é que o filme de Gore virou motivo de brincadeira no desenho animado Futurama.
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