Motoristas e cobradores de Curitiba e região podem entrar em greve a partir do dia 1º de março, segundo o o vice-presidente do Sindimoc Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc), Dino César, em entrevista coletiva na sede no sindicato. A decisão foi tomada após mais uma rodada frustrada de negociações com representantes das empresas e da Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.) realizada na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). A proposta patronal foi de reajuste salarial de 8%, mas os trabalhadores exigem que o aumento seja de 38%. O Sindimoc vai protocolar ainda hoje na DRT o dissídio coletivo e o comunicado da greve.
“Não houve acordo porque a propostas da empresas está muito distante das exigências da classe. Nós contratamos analistas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que chegaram a este valor de reajuste requerido pelos trabalhadores tendo em vista as perdas dos últimos anos. Os técnicos também constataram que as empresas de transporte e a Urbs têm condições de arcar com este aumento”, disse o vice-presidente do Sindimoc. A intenção do sindicato é manter 30% da frota em funcionamento durante a greve para evitar que a paralisação seja julgada ilegal.
Além do aumento salarial, os motoristas e cobradores apresentaram uma lista com 40 itens que segundo eles precisam ser negociados. “O nosso maior entrave tem sido a negociação salarial, mas se cedermos neste ponto, todos os outros cairão por terra”, afirmou Cesar. A greve só não acontecerá se patrões apresentarem nova proposta. . “Se durante esta semana os patrões apresentaram uma nova proposta nós poderemos negociar novamente, mas pelo que temo visto até agora isso não deve acontecer”.
O salário inicial do motorista é de R$ 1.234,80 e do cobrador, de R$ 700,20. O Sindimoc representa cerca de 14 mil trabalhadores em transporte coletivo em Curitiba e região.
Fonte: Bem Paraná
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