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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Indicações do uso de imunoglobulina intravenosa


Indicações do uso de imunoglobulina intravenosa


Loreni C. S. Kovalhuk



Mestre em Pediatria


Título de Especialista em Alergia-Imunologia pela ASBAI


Hospital de Clínicas UFPR;


lorenikovalhuk@hotmail.com



Imunoglobulinas



As imunoglobulinas são proteínas presentes em grande
concentração no plasma


humano, responsáveis pela imunidade humoral com proteção do
organismo contra vírus,


bactérias, alérgenos, toxinas etc. São produzidas pelos
plasmócitos que, por sua vez, resultam


da transformação dos linfócitos B. Podem ser agrupadas em cinco
famílias, ou classes,


segundo suas características imunológicas e físico-químicas
(tabela -1).


Tabela - 1: Características das Imunoglobulinas



CLASSE SUBCLASSES PESO MOLECULAR CONCENTRAÇÃO SÉRICA VIDA MÉDIA


IgG IgG1 IgG2


IgG3 IgG4


150.000 1.200 mg% 23 dias


IgM 900.000 100 mg% 5 dias


IgA IgA1 IgA2 160.000 200 mg% 6 dias


IgD 180.000 3 mg% 3 dias


IgE 200.000 0,03 mg% 2 dias



Obtenção das imunoglobulinas humanas para uso intravenoso



As preparações de imunoglobulina humana para uso terapêutico são
obtidas a partir do


fracionamento industrial do plasma. O processo de fabricação
inclui métodos para a eliminação


e inativação de vírus, tais como precipitação com etanol e
pasteurização, utilizados para


eliminar o risco de transmissão de vírus que possuem envelopes,
como o HIV e os vírus da


hepatite B e C. Na seleção dos doadores e nos testes de unidades
de bolsas de sangue e de


"pools" plasmáticos, são pesquisados e devem ser negativos para
HbsAg, anti-HIV-1, anti-HIV-


2 e anti-HCV. Porém, infecções causadas por outros vírus (ex:
Parvovírus B-19, etc) podem


não ser excluídas.


As apresentações comerciais de imunoglobulinas têm como
componente principal a


IgG, apesar de também conterem IgM e IgA, em quantidades que
variam de acordo com o


fabricante. O quadro 1 resume as principais apresentações
comerciais disponíveis no mercado


(Fonte: Bulário eletrônico da ANVISA).


Existem dois tipos de imunoglobulinas para uso clínico: as
imunoglobulinas poliespecíficas


e as imunoglobulinas específicas. As imunoglobulinas
poli-específicas são


aplicadas principalmente por via intravenosa, mas também por via
intramuscular, subcutânea e


intratecal.


As imunoglobulinas específicas são aquelas que possuem altos
títulos de anticorpos


específicos, por exemplo imunoglobulina antivaricela,
antitetânica, anti-D (anti-Rho), entre


outras. São produzidas a partir de plasma humano hiperimune, ou
seja, com altos títulos de


determinados anticorpos. Podem ser usadas por via intravenosa ou
intramuscular, dependendo


do tipo de produto e do fabricante.



Indicações do uso imunoglobulina intravenosa



Imunoglobulina humana preparada para uso intravenoso (IGIV) foi
originalmente


desenvolvida para reposição de anticorpos em imunodeficiências,
entretanto por seus efeitos


antiinflamatórios e imunomodulador, tornou-se uma alternativa
terapêutica para doenças sem


tratamento estabelecido. As diretrizes atuais classificam as
indicações das imunoglobulinas em


formais, aceitáveis, experimentais e não fundamentadas, com base
em evidências científicas


disponíveis na literatura médica. Nos próximos quadros estão
listadas as indicações de uso de


imunoglobulinas de acordo com níveis de evidência (quadros: 2 e
3)


Quadro – 2: Indicações de acordo com nível de evidência



Indicações formais



Estudos controlados, randomizados e com amostragem adequada ,
que demonstrem a eficácia do uso da IGIV


Reposição de imunoglobulinas em Imunodeficiências Primárias


Infecções recorrentes em pacientes pediátricos HIV positivos


Prevenção de infecções e de doença enxerto


versus

hospedeiro pós TMO


Prevenção de aneurisma de artéria coronária em pacientes com
Doença de Kawasaki


Aumento da contagem de plaquetas em pacientes com púrpura
trombocitopênica idiopática, para prevenir ou controlar


sangramento


Síndrome de Guillain-Barré



Imunodeficiências primárias e secundárias:



O uso de IGIV está indicado para o tratamento de pacientes com
agamaglobulinemia


ou com hipogamaglobulinemia e infecções recorrentes e/ou graves.


Agamaglobulinemia congênita, na maioria das vezes tem padrão de
herança ligada ao


X, portanto afeta pacientes do sexo masculino, há redução de
todas as classes de


imunoglobulinas e dos linfócitos B.


Em pacientes que recebem TMO por imunodeficiência combinada
grave nem sempre


há reconstituição de linfócitos B funcionais e necessitam de
reposição de IGIV caso


mantenham-se agamaglobulinêmicos.


Pacientes com infecções bacterianas recorrentes aliado a
decréscimo na concentração


de imunoglobulinas (hipogamaglobulinemia) ou falha na resposta
de produção de anticorpo IgG


contra antígenos vacinais sejam estes protéicos (ex.:sarampo ou
rubéola), polissacarídeos


(ex.:pneumococo) ou ambos, têm indicação de receber IGIV. O
protótipo desta situação é a


hipogamaglobulinemia comum variável, que cursa com infecções
recorrentes, podendo afetar


ambos os sexos, com início dos sintomas geralmente na
adolescência; há redução dos níveis


de imunoglobulinas com número normal ou reduzido de linfócitos B
no sangue periférico.


Em pacientes com nível sérico normal de IgG total, porém com
falha na produção de


anticorpos específicos, como no déficit de resposta a vários
antígenos polissacárides (ex.:


vacina não conjugada contra pneumococo); a indicação do uso de
IGIV deve estar baseada na


falha grave de resposta à imunização com antígenos
polissacárides e presença de infecções


recorrentes sem resposta à terapêutica habitual e/ou evolução
com complicações, como por


exemplo otite média recorrente com supuração, pneumonia com
necessidade de antibiótico


endovenoso, bronquiectasia. Nestes casos, a reposição de IGIV
será provisória, podendo ser


interrompida no período de primavera/verão, com reavaliação da
resposta imunológica 6


meses após a interrupção da reposição de IGIV.


Pacientes com deficiência de IgA, cujo critério diagnóstico é de
persistência de nível


sérico inferior a 7mg/dL mesmo após a idade de 4 anos, não têm
indicação de receber IGIV;


exceto quando a deficiência de IgA coexista com deficiência de
produção de anticorpos


específicos e infecções recorrentes com complicações ou evolução
para hipogamaglobulinemia


comum variável. Na deficiência isolada de IgG4 não está indicada
reposição de IGIV.



Imunodeficiências secundárias:



Entre as doenças que cursam com imunodeficiência humoral
secundária, a reposição


de IGIV está limitada as seguintes:


1. Leucemia linfocítica crônica (LLC) de células B, com nível de
IgG inferior a


500mg/dL e que apresentem infecções recorrentes


2. Crianças sintomáticas infectadas pelo HIV: reposição de IGIV
para prevenção de


infecções bacterianas, especialmente por pneumococo, embora
apresentem com


mais freqüência hipergamaglobulinemia na doença não tratada


3. Prematuridade: não há dados suficientes para a administração
rotineira de IGIV em


neonatos de risco para infecção. Alguns estudos demonstram
redução da


incidência de sepsis em RN de baixo peso.



Prevenção de infecções e de doença enxerto
versus
hospedeiro (DECH) pós TMO



O uso de IGIV está indicado pós TMO alogênico, para redução do
risco de sepsis e de


outras infecções, pneumonia intersticial de causa infecciosa ou
idiopática e de doença enxerto


versus hospedeiro (DECH).


A redução das complicações infecciosas e da DECH, se limita ao
uso de IGIV nos


primeiros 90 dias pós TMO. A prevenção de infecções tardias pós
TMO, está restrita aos casos


em que não há reconstituição da resposta humoral (LB) pós TMO.



Doença de Kawasaki



A Doença de Kawasaki é uma vasculite que acomete crianças e
adolescentes,


compromete vasos de médio calibre e comumente cursa com
aneurisma coronariano. O uso de


IGIV associada à aspirina nos primeiros 10 dias previne o
desenvolvimento de aneurisma de


coronária.



Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)



A administração de IGIV está indicada apenas nas formas graves
ou refratárias de PTI.



Síndrome de Guillain-Barré (GBS)



Poliradiculopatia caracterizada por fraqueza motora progressiva,
resultante da


destruição imunológica da bainha de mielina ou células de
Schwann do sistema nervoso


periférico, comumente tratada com corticóides, plasmaferese e
IGIV. O uso de IGIV se mostrou


equivalente à plasmaferese, sendo também mais acessível e
seguro, particularmente em


pacientes pediátricos.



Considerações sobre dose, intervalo e via de administração:



A dose inicial varia de 400 a 600mg/kg, administrada a cada 3 a
4 semanas,


objetivando a manutenção do nível sérico


500mg/dL
de IgG. A velocidade de infusão na


primeira aplicação da imunoglobulina deve lenta, numa taxa de
0,01-0,02 mL/Kg/minuto por


30’. Se bem tolerada aumentar gradativamente para 0,04
mL/Kg/minuto, até o máximo de


3mL/minuto para o restante da infusão. Entretanto, uma
velocidade superior a 0,04 mL/Kg/min


pode causar queda na pressão arterial. O primeiro controle de
nível sérico pré-infusão pode


ser feito antes da quarta infusão e depois a cada 6 meses,
exceto se houver recorrência de


infecções.


Em todos os pacientes, a administração de IGIV requer:


1. Pré-aquecer a IG em banho maria até a temperatura ambiente ou
corpórea


2. Desprezar se a solução reconstituida estiver turva ou com
depósitos


3. Hidratação adequada antes do início da infusão de IGIV


4. Monitoração da diurese


5. Monitoração dos níveis de creatinina sérica


6. Evitar o emprego de diuréticos que inibem a reabsorção de
sódio e cloreto


7. Registrar o nome e o número do lote do produto a cada infusão


Quadro – 4: Resumo das recomendações para uso das
imunoglobulinas



Indicação Dose Frequência de aplicação Observação



Reposição em IDP 400 – 600 mg/kg Cada 3 – 4 semanas Manutenção
IgG

500mg/dL


ID secundária 300 – 400 mg/kg Cada 3 – 4 semanas Manutenção IgG

500mg/dL


Crianças com SIDA 200 – 400 mg/kg Cada 2 – 4 semanas


Prevenção de infecções e da


DECH em TMO alogênico


200 – 400mg/kg Semanal por até 3m após


TMO


Iniciar 1 semana antes do


transplante


Doença de Kawasaki 2g/kg Dose única


PTI 400mg a 1g/kg 2 - 5 dias


GBS 400mg/kg 3 – 7 dias



Efeitos colaterais das imunoglobulinas



As imunoglobulinas poli-específicas são produtos relativamente
seguros, sobretudo em


relação à transmissão de vírus. Reações adversas graves são
raras caso as recomendações


sobre posologia, indicações, uso e contra-indicações sejam
seguidas.


As reações adversas observadas mais freqüentemente nos estudos
clínicos são febre


(4%), calafrios (3%), náuseas (1,5%) e dores de cabeça (1,5%).
Outras reações adversas


moderadas podem ocorrer, como artralgia, dores lombares leves,
salivação aumentada,


sonolência, sensação de frio, eritrema palmar, rubor, hipotensão
ou hipertensão moderadas,


palpitação, tosse seca, taquipnéia e vômitos. Alguns pacientes
podem apresentar cefaléia


intensa, meningismo, fotofobia, vômitos e febre por meningite
asséptica após IGIV, associada à


eosinofilia, pleocitose, aumento de eosinófilos e de IgG no LCR.
O início dos sintomas pode


variar de muitas horas a alguns dias após a administração.


Após a 2ª ou 3ª infusão com a mesma apresentação comercial, é
menor a


probabilidade de reações adversas. Redução da taxa de infusão
por 15 a 30 minutos ou


interrupção temporária da administração, até o desaparecimento
dos sintomas, geralmente é


suficiente para contornar estes efeitos. A velocidade de infusão
pode então ser cautelosamente


aumentada até a metade da velocidade alcançada quando a reação
ocorreu.


Reações adversas podem ocorrer com mais frequência:


1. Taxa de infusão elevada


2. Na primeira infusão de imunoglobulina ou quando há um
intervalo grande desde a


última infusão


3. Pacientes com infecção bacteriana recente


4. Mudança de apresentação comercial


5. Pacientes com agamaglobulinemia ou hipogamaglobulinemia com
ou sem deficiência


de IgA


6. Reações de hipersensibilidade grave (choque anafilático) são
raras, podem ocorrer


pela presença de anticorpos anti-IgA


7. Reações mais graves, tendem a ocorrer precocemente (nos
primeiros 30 minutos após


o início da aplicação)


Precauções para evitar potenciais complicações:


1. Manter o paciente em observação até 20 minutos após a
administração


2. Monitorar sintomas durante todo o período de infusão,
particularmente nos casos de


troca de apresentação comercial ou quando houver um longo
intervalo entre doses,


nestes casos observar o paciente por 1h após a infusão


3. Considerar o conteúdo de glicose na solução de IGIV, em casos
de diabetes latente,


quando pode ocorrer glicosúria transitória


4. Fatores de risco para falência renal: insuficiência renal
pré- existente, diabetes mellitus,


hipovolemia, obesidade, uso concomitante de medicamentos
nefrotóxicos ou idade


superior a 65 anos


5. Doses altas de imunoglobulina podem aumentar a viscosidade do
plasma,


principalmente nos casos de hiperviscosidade pré-existente (por
exemplo:


hipergamaglobulinemia, hiperfibrinogenemia, anemia falciforme)
e/ou doença vascular


oclusiva, quando podem ocorrer isquemia transitória ou
complicações tromboembólicas


As medicações que podem ser empregadas no manejo das reações
adversas incluem


os antihistamínicos, corticosteróides, adrenalina e expansão do
volume intravenoso. Para


prevenção de reações pode-se usar paracetamol, AAS ou
ibuprofeno.


Leitura recomendada:


1.


www.imunopediatria.org.br



2.


www.anvisa.gov.br

: Consulta Pública nº
36, de 20 de maio de 2004: Diretrizes para


transfusão de imunoglobulinas


3. Orange JS et al, Use of intravenous immunoglobulin in human
disease: A review of


evidence by members of the Primary Immunodeficiency Committee of
the American


Academy of Allergy, Asthma and Immunology J Allergy Clin Immunol
2006; 117:


S525-53


Quadro 1 – Características das formulações de IGIV



Produto Formulação Apresentação Composição Excipiente Uso
Armazenagem Origem


Blauimuno


(Blausiegel)


Liofilizado 0,6; 3,0; 9,0g Glicose


Cloreto de sódio


IV 2º a 8º C CLB - CentralLaboratory


of the Netherlands


Amsterdã - Holanda


Endobulin


(Immuno)


Liofilizado 0,5; 1,0; 2,5; 5 e 10g Proteína total: 55mg


IgG: 50mg


IgG1:50-80%, IgG2:20-50%, IgG3:<0,5%, IgG4:1-3%


IgA: 0,1%p/v (máx)


Glicose 50 mg NaCl 3


mg Polietilenoglicol <5


mg


2º a 8º C Immuno Produtos


Biológico e Químicos


ltada. BAXTER AG,


Viena, Áustria


Imunoglobulin®


(Blausiegel)


Solução


injetável


0,5 g; 1,0 g; 2,5 g; 3,0g;


5,0 g; e 10 g


Maltose 100mg/mL IV 2º a 8º C Greencross Plasma


Derivatives - Coréia


Imunoglobulin®


(Blausiegel)


Liofilizado 0,5 g; 1,0 g; 2,5 g e 5,0 g Albumina humana,


glicose e cloreto de sódio


IV 2º a 8º C Greencross Plasma


Derivatives - Coréia


Imunoglobulina humana


normal


(Blausiegel)


Liofilizado 0,6 g; 3,0 g; 6,0g e 9,0 g Glicina, cloreto de sódio
e


sacarose


IM 2º a 8º C Finnish Red Cross


Helsinki - Finlândia


Imunoglobulina humana


normal - I.M. (Meizler)


Solução


injetável


250mg/2mL e 750mg/5mL NaCl: 0,06mg/g


Glicina: 0,04mg/g


Acetato de Sódio:


0,01mg/g


IM 2º a 8º C BPL - Bio Products


Laboratory Dagger Lane,


Elstree - Reino Unido


Intraglobin® F


(Marcos Pedrilson


Produtos Hospitalares


ltda)


Solução


injetável


Frasco ampola 20 mL e 10


mL


Frascos de 50 mL , 100


mL e 200 mL


Proteína:50mg/mL (Ig

95%:IgG1:62%,
IgG2:34%, IgG3:0,5%,


IgG4:3,5%) IgA2,5mg


Glicose 25mg


Cloreto de sódio: 78

m

mol


IV 2º a 8º C Biotest Pharma GmbH


Rep. Federal da


Alemanha


Octagam (Octapharma


Brasil ltda)


Solução


injetável


1g; 2,5g; 5g e 10g Proteína:50mg/mL


IgG: 95%; IgG1:60%,IgG2:32%, IgG3:7%, IgG4:1% IgA:


100g/mL


Maltose 100mg/mL IV 2º a 25ºC


(embalagem


original)


Octapharma S.A. França


Pentaglobin®


(Marcos Pedrilson


Produtos Hospitalares


ltda)


Solução


injetável


Ampolas: 10mL, 20mL


Frascos: 50mL, 100mL


Proteína:50mg/mL (Ig

95%:IgG:38mg;
IgG1:63%,IgG2:26%,


IgG3:4%, IgG4:7%)


IgA6mg; IgM:6mg


Glicose 27,5mg; Cloreto


de sódio: 78

m

mol


IV 2º a 8º C Biotest Pharma GmbH


Rep. Federal da


Alemanha


Sandoflobulina®


(Meizler Comércio


Internacional S/A)


Liofilizado 1,0g, 3,0g, 6,0g e 12,0g IgG: 96% (90% nas formas
monoméricas ou diméricas);


albumina, pequena quantidade de polímeros de IgG traços de


IgA e IgM; Subclasses de IgG


»

plasma
humano


Sacarose: 1,67g/g de IgG


Cloreto de sódio: 0,02g/g


de proteína


IV < 25ºC


(embalagem


original)


ZLB - Bioplasma AG


Suíça


Vigam®-Liquid (Meizler


Comércio Internacional


S/A)


Solução


injetável


1,0g; 2,5g; e 5,0g Imunoglobulina: 50mg/mL Albumina: 20mg


Sacarose: 24mg


Glicina: 5mg


Acetato de Na: 3mg


n-Octanoato de Na:0,5mg


IV 2º a 8º C BPL - Bio Products


Laboratory Dagger Lane,


Elstree - Reino Unido



Fonte: Bulário eletrônico da ANVISA



Quadro – 3: Indicações de acordo com nível de evidência
(continuação)



Indicações Aceitáveis Indicações Experimentais Indicações não
fundamentadas



Trabalhos controlados, randomizados, mas com amostragem pequena


Trabalhos não controlados, não randomizados ou trabalhos


observacionais, mas com amostragem maior


Indicação de IGIV:


1.Quando não houver outra terapia eficaz


2.Terapêutica adjuvante, em situações clínicas graves


Relatos esporádicos de casos ou


Estudos de pequeno porte com efeito benéfico ou quando


resultados dos estudos controlados forem contraditórios


Doenças graves sem tratamento disponível em que a IGIV


poderia teoricamente ser benéfica


Estudos controlados não demonstram nenhum efeito


positivo


Polirradiculoneuropatias desmielinizantes crônicas Prevenção de
abortos recorrentes Autismo


Miastenia Gravis Asma brônquica Anemia aplástica


Dermato/polimiosite Inibidor adquirido de fator VIII Anemia de
Diamond-Blackfan


Doença do Neurônio Motor Inibidor adquirido de fator de von
Willebrand SIDA em adultos


Esclerose múltipla Anemia Hemolítica Auto-imune Infecção por
rotavirus e enterocolite necrotizante em RN


Vasculites ANCA-positivas Neutropenia Auto-imune Síndrome da
fadiga crônica


Retinopatia de Birdshot Lupus eritematoso sistêmico Fibrose
cística


Aplasia de medula óssea por Parvovirus B19 Rejeição de
transplante renal e de órgãos sólidos


Púrpura pós-transfusional Epilepsia pediátrica intratável


Doença Inflamatória intestinal Dengue Hemorrágica


Sepsis Doença de Behçet


Síndrome da pessoa rígida Artrite reumatóide juvenil grave


Oftalmopatia de Graves Doença Hemolítica Peri-Natal


Polineuropatia diabética Prevenção de infecções em recém-nascidos



Fonte:http://www.imunopediatria.org.br/download/imunoglobulina_intravenosa.pdf

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